terça-feira, 18 de agosto de 2009

Xintoísmo

Xintoísmo




O Xintoísmo é uma religião étnica, ou seja, é a religião de um único povo, no caso, o japonês, que se formou no interior do país e com ele cresceu, a ponto de religião e povo formarem uma só coisa com a mentalidade, cultura e história. Diferentemente de outras religiões, essa característica contribuiu para que esta fosse proselitista, ou seja, não envia missionários para difundi-la entre outros povos. A única tentativa de inclusão ocorreu na Coréia, durante o período de ocupação colonial, no séc. VI.
A religião não reconhece divindades ou um deus, mas sim a existência dos kamis, seres divinos. Segundo seus seguidores, esses seres divinos podem se hospedar em tudo o que existe, como árvores, rios, montes, etc e também nos homens, em particular, nos defuntos que foram pessoas importantes na vida do país.
Não possui fundadores, mas foi se formando com a espontaneidade do povo e reelaborado, mais tarde, pela vontade da classe imperial. Também não tem dogmas, teologia, escritura sagrada (os livros da história do Japão são considerados livros religiosos) nem um código moral. Esta se reduz a poucos preceitos fundamentais como não prestar atenção às coisas falsas, não ver e não falar falsamente.
O xintoísmo não se preocupa com certas questões como os porquês da vida, o que é o homem, donde ele vem, para onde ele vai, etc. Mas, embora não se coloque esses questionamentos, o japonês tem três princípios que guiam sua vida:
* O musubi estabelece a relação entre homem e os kamis, entre o ser e o não ser. Indica a solidariedade e a harmonia que deve unir entre si os membros de um grupo ou uma família.
* O makoto é atitude fundamental da pessoa quando, cheia de humildade e agradecimento, se encontra com os kamis e gera virtudes como o amor, a piedade, a lealdade e a fidelidade.
* O tsunagari é princípio da continuidade e da relatividade. A dependência e relação entre pais e filhos, e vice versa, na constituição de toda família, interliga parentes, que não devem viver apenas para si, mas doar as próprias energias, a cada momento, para encontrar a felicidade de viver.
No xintoísmo não existem mandamentos que dizem o que os homens devem ou não fazer. Nele, vale a autoconsciência, ou seja, o homem sabe, pela sua própria natureza, o que deve fazer.
A vida, os instintos e tudo o que serve para conservá-la e torná-la mais bela são avaliados de maneira positiva. A morte e tudo o que a ela conduz - como doença, falta de sorte e infelicidade - são avaliados negativamente e devem ser evitados.
Uma virtude particularmente cultivada no xintoísmo é o senso de honra, considerado até mesmo como um valor com fim em si mesmo. Depois vem a fidelidade, especialmente ao imperador e, em seguida, ao grupo a que se pertence, a obediência aos superiores, o sucesso nos estudos e na vida, o autocontrole e o não prejuízo ao próprio grupo e à sociedade.
O Xintoísmo tradicional no Brasil tende a se manter uma religião “étnica” e restrita aos Nikkei( descendentes de japoneses nascidos fora do Japão) proporcionando poucas probabilidades de sobrevivência em nosso país.

Alunas: Ana Carolina- 01
Brenda- 04
Daniella Borba- 10
Isabela Costa- 20
Luiza Iunes- 27
Sônia Carolina- 37

1ºTM

Um comentário:

  1. Bem legal, gostei do que vocês escreveram, isso me ajudou muito em um trabalho de sociologia.
    Beijo

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